TI feita de gente: Oque faz diferença na Carreira em TI? Com Rodrigo Andrade.
- yasminbona
- 26 de jun.
- 4 min de leitura
Esse é o TI feita de gente, uma serie de entrevistas e conversas com especialistas do setor de tecnologia, inovação e gestão de pessoas. Aqui, nós RHTalentos, exploramos novas tendências de mercado e trajetórias reais reais para incentivar candidatos do setor de TI
Desta vez, o papo foi com Rodrigo Andrade. Com mais de 20 anos de experiência em tecnologia e hoje lidera a estratégia de IA para Business Intelligence (BI) na IBM.
Ao contrário do que pode parecer, sua entrada no setor de tecnologia foi "por acaso", mas analisando sua trajetória e viradas que marcaram sua carreira, certamente seu desenvolvimento se deu por dois pilares: Comunicação e Atitude.
A grande virada: quando é hora de mudar de rumo?
Para começar nossa conversa, uma das primeiras perguntas que fiz a Rodrigo buscando entender sua trajetória foi : Qual foi um momento marcante na sua trajetória que depois disso você sentiu que tudo mudou? Para o qual ele relembra um ponto de muito claro em sua trajetória:
“Percebi que a área de infraestrutura, onde eu atuava, estava perdendo relevância. Foi um ponto de virada. Estudei, mergulhei no tema e com apoio da FNC apostei nessa nova direção.”
Com apoio da empresa onde trabalhava, Rodrigo foi não apenas capaz de acompanhar as mobilizações do mercado, mas mergulhou no tema e passou a estudar com profundidade. Isso o conectou com algo que realmente o apaixona na tecnologia.
O diferencial? Ter atitude para perceber mudanças e mudar na hora certa.
Não é só técnica: o que te leva além no mercado de TI
Rodrigo é direto ao falar sobre os desafios de quem quer crescer na área:
“Tem muita gente que quer o excepcional, mas se limita ao básico.”
Saber programar é importante. As hardskills afinal, são o conteúdo que são possíveis de medir através dos currículos.
Mas, segundo ele, para conseguir se desenvolver no mercado de TI, depois da técnica,o segundo passo está no desenvolvimento de comunicação, repertório e empatia. Para construir as melhores soluções é necessário conseguir conversar bem e interpretar os desafios dos clientes e suas demandas.
Apesar disso, softkills não vem de cursos, o repetório vem da vida: ás vezes, a solução que buscamos e a capacidade de "gambiarra comunicativa" está em outro setor.
A dica é clara: o profissional completo é aquele que une hard skills sólidas com soft skills bem desenvolvidas. E, principalmente, que tem clareza sobre o que quer da carreira.
Atitude e liderança: mesmo sem cargo de liderança
Outro ponto forte na fala de Rodrigo é a autonomia e a coragem de se posicionar:
“Sempre, mesmo sem cargos de gestão, mesmo em posições operacionais, se eu visse que algo estava indo por um caminho que não teria sucesso, eu levantava a mão e conversava com quem fosse necessário.”
Essa postura, crítica e construtiva, o destacou desde cedo e, para ele, é uma forma de exercer liderança: mesmo sem ter um cargo formal.
A comparação que ele usa é simples:
“Se você pega um ônibus errado e espera chegar ao ponto final para voltar, o caminho de volta será muito mais longo. Mas, se você percebe o erro e desce logo, pega outro e volta rápido.”
Rodrigo afirma que essa postura não é só importante no ambiente corporativo mas sim na carreira pessoal como um todo. É uma característica de liderança:
Para ser líder. Pode ser líder da sua carreira, da sua vida, do projeto em que está. Não precisa ter um cargo de liderança para agir como tal. É essencial tomar a frente da sua vida, da sua carreira, agir como líder da sua trajetória.
O futuro do trabalho: quem entende de IA não fica pra trás O avanço da tecnologia é um fato constante e contínuo e, para Rodrigo, o maior desafio do mercado e das empresas, está em preparar tecnicamente as pessoas para acompanhá-lo.
“A IA não vai tirar empregos — pessoas que entendem de IA vão tirar empregos de quem não entende. Para mim, isso é muito claro.”
Mesmo quem não é da área técnica precisa perder o medo da tecnologia, essa tecnofobia, um bloqueio quando o assunto é buscar formas de se atualizar. Seja você advogado, químico ou professor, é necessário entender como a IA pode te ajudar na sua área.
"O principal desafio, hoje, é a mão de obra. É conseguir qualificar pessoas para que elas saibam trabalhar em conjunto com a tecnologia, melhorando sua rotina e sua performance."
O foco não é substituir ninguém, mas sim impulsionar sua performance, aumentando rapidez e qualidade. Há muito conteúdo acessível e gratuito basta ter tempo e dedicação para aprender.
Áreas promissoras (e ainda pouco exploradas)
Buscando explorar tecnologias e impulsionar performance, por que não explorar açgumas áreas com grandes potenciais? Rodrigo trás que algumas áreas inexploradas podem apresentar ótimas oportunidades de inserção no mercado como:
Smart Cities e planejamento urbano
Soluções ambientais e sustentabilidade
Ética em IA, com foco em justiça e transparência
Cibersegurança
Automação e integração de sistemas
Além disso, tudo que envolve dados e inteligência artificial continuará em alta: engenharia de dados, ciência de dados, machine learning, entre outros.
E para quem está começando agora?
O conselho final de Rodrigo é direto e valioso:
Estude e domine os fundamentos técnicos
Tenha atitude e se comunique bem
Seja curioso e mantenha o foco
Cultive seu networking
Planeje sua carreira com clareza
“Não é sobre saber tudo. É sobre saber onde você quer chegar e traçar esse caminho com propósito.”
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